Em alusão ao dia 18 de Maio – Faça Bonito, campanha que mobiliza o Brasil contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, o CEDECA Casa Renascer, do Rio Grande do Norte, associada à Anced/Seção DCI Brasil, realizou em seu canal no YouTube, a apresentação do “Dossiê Infâncias Violadas II – Casos emblemáticos que retratam a violência sexual contra crianças e adolescentes no Rio Grande do Norte.

A apresentação do Dossiê foi realizada por Ana Carolina Galvão, e mediada por Ângela Kung, respectivamente Assistente Social e Coordenadora Pedagógica do Cedeca Casa Renascer, com tradução simultânea em Lingua Brasileira de Sinais – LIbras, por Noádia Lipi, e com a participação efetiva de público regional e nacional em sua maioria Instituições, Ongs, Atores Sociais, Estudantes e Profissionais que a atuam diretamente no Sistema de Garantia de Direitos.

A live do evento está disponível no Canal do Cedeca Casa Renascer no Youtube e o Dossiê Infâncias Violadas II será publicizado em junho e disponibilizado no site e em formato impresso.

SOBRE O DOSSIÊ

A partir do histórico da instituição e da recorrência das discussões – nas reuniões de equipe – a respeito dos casos atendidos e da falta de efetividade das ações para a cessão da violência contra crianças e adolescentes, é que se constituiu o desafio de construir o Dossiê Infâncias Violadas, que teve sua primeira edição no ano de 2010.

Hoje, passados mais de dez anos da primeira publicação, constatou-se que mesmo soando paradoxal, muito e pouco mudou. Muito, porque as violações sexuais se expressam de novas formas diante das reorganizações sociais e dos novos cenários; e pouco, porque inúmeras falhas denunciadas à época ainda permanecem.

Saber dessa realidade foi o principal motivo que impulsionou a escrita do “Infâncias Violadas II: casos emblemáticos que retratam a realidade do Rio Grande do Norte”. Esse documento trará, a partir de exemplos de casos concretos acompanhados pelo CEDECA, uma análise crítica a respeito das discussões que permeiam o abuso e da exploração sexual contra crianças e adolescentes no estado.

Para melhor compreensão, o dossiê foi organizado em três partes:
1) Análise conceitual da violência sexual contra crianças e adolescentes em âmbito regional;
2) Relato de três casos acompanhados sob a perspectiva da proteção jurídico-social, apresentando as ações de acompanhamento às crianças e adolescentes em situação de violência e de responsabilização dos agentes
violadores;
3) Apreciação dos dados dentro do contexto socioestrutural, com vistas a refletir sobre a atuação das instâncias, potencialidades e dificuldades enfrentadas durante o processo de acompanhamento.

Torna-se evidente, portanto, que o propósito deste instrumento, a partir da apresentação dos casos emblemáticos, é de analisar o contexto socioestrutural a qual crianças e adolescentes estão submetidas e propor estratégias que visem o enfrentamento da violência sexual de forma efetiva.

O Dossiê Infâncias Violadas II aponta ainda que a partir do acompanhamento dos casos emblemáticos de violência sexual na Proteção Jurídico-Social, desenvolvida pelo CEDECA Casa Renascer, foram apresentados rearranjos das violações sexuais característicos da regionalidade do Rio Grande do Norte, marcada por uma construção socioeconômica baseada nos latifúndios e coronelismo . Tal construção sempre esteve presente na valorização de práticas sexuais como o incesto, a ideação de posse dos corpos infantis e juvenis, os casamentos infantis, e a separação entre a mulher para o matrimônio e para fins sexuais.

O Cedeca Casa Renascer atua em duas linhas: Dinâmicas Políticas Culturais e na Proteção Jurídico-Social, na perspectiva de provocar e de monitorar as políticas públicas do estado, além de desenvolver projeto com a temática de Direitos Humanos voltados para adolescentes e jovens de instituições e várias regiões do Estado, e de Autoproteção para Crianças, em Escolas Publicas de Natal.

Confira mais:

Acesse a matéria produzida pela Assessoria de Comunicação do Cedeca Casa Renascer

Live Pré-lançamento do Dossiê Infâncias Violadas II

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